Assembleia organiza resistência contra desmandos da Laureate

Assembleia organiza resistência contra desmandos da Laureate

Sindicato leva Laureate à Justiça: ação de dissídio coletivo de natureza jurídica será aberta no TRT.

A assembleia das professoras e professores da rede Laureate (FMU, FIAM e Anhembi Morumbi), reunida na quarta-feira, 26/06,  autorizou o SinproSP a entrar com ação de dissídio coletivo de natureza jurídica junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A iniciativa tem como objetivo denunciar as demissões em massa promovidas neste final de semestre pelas instituições que fazem parte do grupo (foram mais de 200 professores demitidos).

Nessas situações, a tendência é que seja designada uma audiência de conciliação para que os conflitos entre as partes sejam mediados por um desembargador.

Na quinta-feira, 04/7, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo, por iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL), vai realizar  audiência pública que pretende debater a mercantilização do ensino superior privado em São Paulo –  incluindo estas demissões na Laureate/Anhembi-Morumbi (veja a convocação ao lado).

Em âmbito nacional, o deputado federal Orlando Silva (PC do B/SP) apresentou requerimento para a realização de outra audiência pública, desta feita na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para discutir a mesma questão – e demonstrar que não se pode tratar educação sob a lógica de mercadoria. O deputado Orlando Silva também protocolou junto ao Ministério Público do Trabalho denúncia sobre esses cortes abusivos.

As professoras e os professores que participaram da assembleia manifestaram forte preocupação com o cenário político vivido pelo país, com os violentos ataques contra direitos dos trabalhadores e o desmonte do sistema educacional do país.

Concordaram que é preciso atuar em sintonia com movimentos de estudantes, além de começar a construir uma dinâmica de fortalecimento da organização dos docentes nos locais de trabalho, costurando uma rede de proteção e resistência, coordenada pelo Sindicato, que ajude a enfrentar as arbitrariedades promovidas pelos grandes conglomerados que atuam no setor.

“Está em curso um processo perverso de cartelização do segmento, com rebaixamento de custos e a definição de um teto salarial. Professores que recebem acima desse valor são descartados e, quando retornam ao mercado, sofrem com a redução brusca dos salários. É evidente que esse movimento tem consequências diretas dramáticas na qualidade de ensino, também precarizada. É a essa onda que precisamos resistir”, afirma Celso Napolitano, diretor do SinproSP e presidente da Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp).

Fonte: Fepesp

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