Bolsonaro e ministro da Educação veem ‘doutrinação’ em concursos

Bolsonaro e ministro da Educação veem ‘doutrinação’ em concursos

Presidente Jair Bolsonaro reproduz nas redes sociais vídeo em que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que exames públicos selecionam ‘pessoas com viés de esquerda’.

Os concursos são os mais novos alvos do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O chefe do Executivo publicou vídeo em suas redes sociais em que o titular da pasta diz que os concursos públicos no Brasil estão selecionando pessoas com viés político de esquerda.

“Entre na internet e veja como foi o último concurso público da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Se você ver, é um concurso que (sic) tem praticamente nada de matemática e está lá falando governo estadounidense. Então você, na seleção, já seleciona pessoas com viés de esquerda nos concursos, como é o Enem”, afirma Abraham Weintraub.

Ao reproduzir o vídeo do ministro, Jair Bolsonaro escreveu: “Doutrinação e mentiras até nos concursos. Caso fosse perguntado numa prova: após a saída de João Goulart, em 1964, quem assumiu a Presidência da República? Qual sua resposta?”.

Ele se referiu ao presidente deposto pela ditadura militar em 1964. João Goulart era vice e assumiu a Presidência em 1961, quando Jânio Quadros renunciou.

Weintraub afirma no vídeo que a suposta doutrinação nos concursos públicos vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), mas não apresenta no vídeo de um minuto de duração provas que endossem suas acusações.

“Veja, isso começou com o Fernando Henrique. A gente não está falando de 16 anos de PT, a gente está falando de mais de um quarto de século. De continuamente uma doutrinação que começa de uma forma suave e gradualmente você vai começando a achar o errado normal. E de repente você tem que achar o errado bonito. É disso que a gente está falando”, disse.

No vídeo, ele chama a sua pasta de “colosso’ e afirma que o Ministério da Educação concentra 300 mil dos 600 mil funcionários do governo federal. “Esse corpo aqui está cheio de pessoas que prestaram concurso público. É importante que seja dito como são esses concursos públicos”, disse.

Recentemente, o ministro acusou as universidades públicas de admitirem o plantio de maconhas nos câmpus, mas também não apresentou provas.

Ainda ontem, Jair Bolsonaro postou publicação com ironia sobre matéria da revista Época. “Planalto gastará R$ 343 mil com pneus de carros de Bolsonaro, Mourão e ministros. Presidência prevê a compra de 473 pneus”, diz a reportagem.

Bolsonaro reproduziu a manchete do veículo de imprensa com o seguinte texto: “Que notícia fantástica! Por isso, cancelei todas as assinaturas de jornais e revistas da Presidência”.

Fonte: Estado de Minas

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