Em ato contra cortes na educação em SP, esquerda retoma verde e amarelo

Em ato contra cortes na educação em SP, esquerda retoma verde e amarelo

Depois de manifestações anti-PT e pró-governo de Jair Bolsonaro (PSL) dominadas pelo verde e amarelo, estudantes de esquerda decidiram carregar em São Paulo bandeiras do Brasil nas mãos e as cores dela no rosto. A linha de frente do ato na capital paulista contra os cortes do governo federal na educação estava repleta de jovens caras-pintadas, em imagem que lembrava as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor em 1992.

Um dos integrantes desta linha de frente era o estudante de psicologia Rodrigo Lucas, para quem chegou a hora de os estudantes retomarem estes símbolos. Com o rosto pintado, ele foi um dos que balançou, na concentração do protesto, uma bandeira do Brasil com um trecho do Hino Nacional: “Verás que um filho teu não foge à luta”.

“Tem muitas medidas que o Bolsonaro está fazendo que vão afetar a vida do povo para pior, como a reforma da Previdência. Talvez seja o momento de retomar o que os caras-pintadas fizeram na década de 90, retomar essa bandeira para aqueles que defendem o povo, demonstrando que os verdadeiros patriotas estão desse lado da luta, e não do lado dos cortes na educação, na saúde”, afirmou.

Para o estudante, uma iniciativa do governo que vai contra o povo é o Future-se, projeto voltado para a captação de recursos privados para as universidades federais e que prevê a contratação de OSs (organizações sociais) para geri-las. Junto com os cortes, o projeto foi um dos principais alvos dos manifestantes em várias partes do Brasil hoje.

“O Future-se é um projeto de privatização da universidade, na nossa opinião, e que vai dificultar ainda mais o acesso do povo à universidade pública”, disse. Segundo Mariara Cruz, da Juventude Pátria Livre, a ideia de usar o verde e amarelo foi debatida pelos integrantes de movimentos estudantis como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Umes (União Municipal dos Estudantes Secundaristas). “A gente colocou em pauta, disse que era o momento para retomar o verde e amarelo, também lembrando os caras-pintadas, e retomar algo que o Bolsonaro usa de forma oportunista”, disse.

Mais informações podem ser conferidas aqui.

Fonte: Uol

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×