Governo de São Paulo deve estender quarentena até o dia 23 de abril
Governo de SP determinou quarentena em todo o Estado desde 24/03; agora, medida poderá se estender um pouco mais.
O governador João Doria (PSDB) deverá estender a quarentena no estado de São Paulo até o próximo dia 23 de abril — ou seja, depois dos feriados de Páscoa e Tiradentes. O anúncio deverá ser feito ainda na manhã desta segunda-feira (6), após um encontro do governador com empresários.
Doria tem se reunido semanalmente com diferentes segmentos do empresariado para ouvir demandas e sugestões dos setores para enfrentar o aspecto econômico da crise provocada pela pandemia do Coronavírus.
Em reuniões com seus auxiliares no final de semana, avançou a possibilidade de flexibilização gradual para determinados segmentos, o que também poderá ser comunicado nesta segunda.
Doria instituiu por decreto estadual, desde o último dia 24 de março, quarentena em todo o Estado no período de quinze dias, ou seja, até amanhã, terça-feira (7). A medida fez com que comércios e estabelecimentos não considerados essenciais ficassem fechados nos 645 municípios.
O governador João Doria dará entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan, nesta segunda, às 19h, com transmissão em jp.com.br e pelo canal do YouTube.
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Histórico
João Doria determinou quarentena em todos os 645 municípios do Estado a partir de 24/03. Durante 15 dias, a medida impõe o fechamento do comércio, exceto serviços essenciais de alimentação, abastecimento, saúde, bancos, limpeza e segurança.
A quarentena foi anunciada no início da tarde deste sábado (21), em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. O decreto com o detalhamento das proibições e exceções será publicado em edição extraordinária no Diário Oficial do Estado.
“Isso implica na determinação, ou seja, na obrigação do fechamento de todo o comércio e serviços não essenciais à população. Essa medida poderá ser renovada, estendida ou suprimida se houver necessidade”, disse o Governador João Doria. A medida visa proteger a saúde pública e reduzir a disseminação do novo Coronavírus.
O fechamento do comércio atinge todas as lojas com atendimento presencial, inclusive bares, restaurantes, cafés e lanchonetes. Estabelecimentos que servem alimentos e bebidas em mesas ou balcões só poderão atender pedidos por telefone ou serviços de entrega.
Só ficarão abertos estabelecimentos com atendimento presencial que prestam serviços considerados essenciais – a quarentena não afeta o funcionamento de indústrias. O decreto assinado por Doria listas as exceções em seis categorias distintas.
Nos serviços de saúde, está liberado o funcionamento de hospitais, clínicas – inclusive as odontológicas – e farmácias. No setor de alimentação, podem funcionar supermercados, hipermercados, açougues e padarias – que não poderão permitir o consumo no estabelecimento durante a quarentena.
No setor de abastecimento, poderão atuar normalmente transportadoras, armazéns, postos de gasolina, oficinas, transporte público, táxis, aplicativos de transporte, serviços de call center, pet shops e bancas de jornais.
Os demais setores que poderão oferecer serviços durante a quarentena são: empresas de segurança privada; empresas de limpeza, manutenção e zeladoria; bancos, lotéricas e correspondentes bancários.
O aumento nas restrições de circulação tem respaldo do Centro de Contingência contra o Coronavírus. “São medidas importantíssimas, no tempo adequado e respaldadas por todos os critérios científicos”, disse o médico infectologista David Uip, que coordena o grupo de especialistas.
O cumprimento da quarentena será fiscalizado pelo Estado e também pelas prefeituras. O Governador também disse que aglomerações e festas ao ar livre, como os chamados “pancadões”, são considerados ilegais e deverão ser coibidos pela Polícia Militar não apenas na Grande São Paulo, mas também no interior e no litoral do estado.
Com informações do Governo do Estado e da Jovem Pam