Professores resistem à tentativas de ataques a seus direitos

Professores resistem à tentativas de ataques a seus direitos

Assim como na rede privada, onde instituições tentam se valer das reformas trabalhistas para turbinar seus lucros com a precarização do ensino e das condições de trabalho de docentes e pessoal administrativo, nos Estados há resistência contra cortes de direitos por tentativas de implantar extensões da ‘reforma’ da Previdência nas condições locais.

Para professores e pessoal administrativa nas escolas particulares é bastante importante acompanhar o que se passa nas redes públicas estaduais: a desvalorização do professor e dos profissionais de educação em geral na rede pública acaba se refletindo também nas escolas particulares.

Reunidos em assembleia na tarde desta terça-feira, 26/11, professores da rede publica de São Paulo aprovaram a paralisação contra o pacote de reforma previdenciária do Estado.

O primeiro dia de interrupção das atividades escolares está marcado para a próxima terça, dia 3. “Colocaram os projetos às pressas para que não haja tempo de debate, de análise. É uma forma autoritária, irresponsável de se definir a carreira dos servidores”, disse Maria Izabel (professora Bebel) Noronha, presidente da Apeoesp.

No Rio Grande Sul, os professores estão em greve desde o dia 18, e também em defesa da categoria contra a proposta de reforma do governador doestado em congelar salários e taxar professores aposentados. Uma assembleia de 20 mil docentes ocupou a praça da Matriz de Porto Alegre nesta terça, 26. A Brigada Militar gaúcha impediu encontro da presidente do sindicato, professora Helenir Schürer com o chefe da Casa Civil para a entrega de um memorial. 217 câmaras de vereadores do RS assinaram moções de apoio aos professore em greve.

Em Sergipe, os professores da rede estadual iniciaram uma greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira, 26. A medida foi decidida como protesto a dois projetos de lei do governo estadual que extinguem o triênio dos educadores, reduzem a carga horária (a partir dos 15 e 20 anos de serviço) e prejudicam gratificações para aposentadoria.

No Paraná, professores e funcionários da rede estadual de ensino vão entrar em greve na próxima segunda-feira (2). Em assembleia sexta-feira (22) da APP-Sindicato, entidade que representa a categoria, foi aprovado por unanimidade o indicativo de greve. Além da paralisação, os professores prometem um ato para o dia seguinte, terça-feira (3). O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, explica que a greve é principalmente contra as mudanças propostas pelo governador Ratinho Jr em relação à previdência do Estado.

“É um projeto de lei que reduz drasticamente os direitos dos trabalhadores e atinge inclusive os aposentados. Consideramos esta PEC ainda mais grave que a medida provisória aprovada em Brasília”, disse o professor, referindo-se à mudança da aposentadoria aprovada pelo Congresso.

Fonte: Fepesp

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